sexta-feira, 5 de outubro de 2012

05 de outubro de 2012     Sexta-feira



UM CAMINHO DE CURA








No fim do ano passado , mais precisamente no mês de dezembro, resolvi experimentar uma técnica  de cura : o Reiki.
Na verdade , pouco sabia a respeito , a não ser que era uma técnica que promovia a cura através da imposição de mãos , mas, ainda assim , resolvi apostar . E , num dia de muito calor, minha amiga Cíntia, Felipe e eu nos deslocamos para Gravataí em busca de uma terapeuta holística , praticante do Reiki.
Atendendo a uma vozinha interior , submeti-me ao tratamento proposto pela terapeuta , consistindo em oito sessões consecutivas  de aplicação de Reiki .
Nos primeiros dias , não notei melhora alguma. Pelo contrário, passei a me sentir irritada e mais inquieta. Todavia, confiei na terapeuta holística que afirmara ser esperado esse tipo de reação e que, em breve, eu passaria a me sentir bem melhor.
E, foi assim que aconteceu.
Ao notar minha melhora, tive vontade de conhecer esse método de cura, vislumbrando poder eu mesma participar do processo de recuperação de minha saúde, pela auto-aplicação.
Dessa forma, querendo aprender sobre o Reiki , fui levada à presença de Rejane Basso , sensei  de Reiki, que ministra cursos em seu espaço holístico-cultural Maitreya .
E, ali, comecei minha caminhada.
Iniciei o curso do Nível I , do Reiki  , do método Usui , e, por ocasião da iniciação naquele nível, algo extraordinário me aconteceu e eu percebi que havia entrado num turbilhão de energia de onde poderia sair transformada.
E estava certa.
Tendo passado pela experiência da primeira iniciação e imbuída do propósito de me curar e de promover minha própria transformação, mergulhei nos estudos do Reiki.
Fiz , em sequência , os Níveis II e III , além do Mestrado do Reiki , tornando-me , dessa forma, Mestre em Reiki.
Quanto mais eu me aprofundava nos estudos do  Reiki, mais sentia vontade de buscar meus antigos estudos sobre poder mental. E assim fui atendendo aos meus desejos.
Nessa altura dos fatos, embora notasse  uma boa mudança na forma de meus pensamentos  , isso ainda não era significativo e nem estável  o bastante para a manifestação da cura em minha vida.
Sabia que havia encontrado o meu caminho mas , na verdade, ainda não tinha caminhado o necessário.
Dei continuidade aos meus estudos sobre o Reiki ,  fazendo , com minha sensei Rejane Basso ,  outros cursos que me levariam ao grau máximo do Reiki da Escola de Usui. Sendo assim, após tornar-me Mestre em Reiki, fiz o  Gendhai , nos níveis Shoden, Okuden e Shipinden , tendo obtido o grau de sensei no Reiki.
Penso que esse mergulho foi o grande diferencial em minha vida.
A cada iniciação nos diversos níveis do Reiki, sentia alguma coisa se transformando  em mim, embora tal coisa  não conseguisse se manifestar no mundo físico.
Até que aconteceu.
Num dia, como um vulcão prestes a entrar em erupção, sentindo muita dor na alma, fui levada aos píncaros do desânimo, da desesperança e do desespero, achando, verdadeiramente, que não havia mais saída para mim. E foi  ali, bem ali , naquele ponto onde poderia  haver  uma explosão destrutiva  de lavas, que senti uma calma há muito não sentida. Finalmente ,  me dei conta que , jamais, em toda minha vida, tinha aplicado o que sabia , sobre o poder do pensamento , por mais de uma semana contínua. Na verdade, nos últimos anos, não havia sido muito persistente com os bons pensamentos. Parecia mais uma montanha-russa. Embora seja uma otimista por natureza, nos últimos tempos, pensamentos sombrios haviam dominado a minha mente.
E  perceber isso fez toda a diferença no meu caminho.
Eu não poderia  desistir de algo que realmente não havia tentado. Eu não poderia desistir de mim antes de ter me dado a chance de viver de acordo com os ensinamentos que lia na Bíblia e nos quais acreditava. Eu não poderia desistir de mim antes de tentar viver de acordo com as crenças que moravam dentro de minha mente e de meu coração.
E, principalmente, eu não poderia ser um agente de cura do  Reiki , aplicando-o numa outra pessoa, ou falar disso  para uma outra pessoa , prometendo-lhe a cura, se, eu mesma, estava em frangalhos.
Naquele minuto, vi que era necessário isolar-me , recolher-me dentro de mim mesma . Então,  iniciei um processo de isolamento voluntário , procurando o silêncio , procurando a leitura dos livros que estimulavam a pensar e sentir de maneira construtiva e vigiando meus pensamentos.
Estava decidida a mudar o curso de minha vida. Estava, realmente, decidida a mudar.
E sabia que só eu, por mim mesma, é que poderia fazer isso.
Minha primeira providência foi munir-me de um elástico, colocando-o no pulso. Ele seria o guardião dos meus pensamentos. Quando eu me pegasse focando em algo que não desejava para mim, ou pensando coisas, fatos ou circunstâncias negativas, ou, ainda, me flagrasse em um diálogo interior destrutivo, eu acionava o elástico. Puxava-o, soltando após. À medida que eu sentia o incômodo causado pelo elástico na pele, mudava imediatamente o teor dos meus pensamentos e sentimentos.
Não vou afirmar que seja fácil manter o controle dos pensamentos . Mas posso afirmar que é possível conscientizar-se disso . Eu fiquei tão focada em observar que tipo de pensamentos e sentimentos  eu vinha tendo que , por vezes,  acordei  , no meio da noite , percebendo que , no sonho, havia me obrigado a trocar  pensamentos ruins por bons pensamentos. E, é claro, dei muitas risadas por isso.
Aqui começa , verdadeiramente , o tema que me proponho a escrever.
Parto de um relato pessoal , individual, para expor  tudo que li, aprendi e  apreendi  durante esse tempo, obedecendo meus próprios passos.
Sei que o meu caminho é o meu caminho. Não está mais certo , ou é mais seguro,  do que o caminho de ninguém, Aliás, cada um tem o seu próprio jeito e ritmo de caminhar.
Contudo, o que senti é que, mesmo lendo centenas de livros que me ajudaram, por inúmeras vezes, me ressenti de não haver neles explicações mais detalhadas sobre O QUE fazer e COMO fazer.
Sei que, lendo relatos de pessoas, conseguimos , muitas vezes ,  ter insights , seja pelo debate que faremos no nosso próprio íntimo, por discordarmos do que lemos; seja por aquilo cair como uma luva na situação na qual nos encontramos.
Seja como for, ler e escrever sobre esse assunto, me deixa cada vez mais forte para prosseguir na minha jornada.
Que a força interior seja a grande descoberta de cada um de nós nesse estágio da vida.
Até amanhã.

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